Amigos:
É com uma enorme satisfação que o grupo de MalaqueijoBTT comunica a todos os que habitualmente nos acompanham, de uma forma ou de outra, que no passado Domingo fizemos um treinozito um pouco mais longo. Um percurso que já tínhamos em mente há vários meses e que só agora foi possível concretizar, graças também à colaboração de outros colegas que nos acompanharam, pois desta vez houve necessidade de utilizar outros meios logísticos de que habitualmente não precisamos.
É com uma enorme satisfação que o grupo de MalaqueijoBTT comunica a todos os que habitualmente nos acompanham, de uma forma ou de outra, que no passado Domingo fizemos um treinozito um pouco mais longo. Um percurso que já tínhamos em mente há vários meses e que só agora foi possível concretizar, graças também à colaboração de outros colegas que nos acompanharam, pois desta vez houve necessidade de utilizar outros meios logísticos de que habitualmente não precisamos.
Assim, o Mano 1, o
emigrante e o escritor, em representação do nosso grupo e acompanhados de três
bons amigos de Rio Maior, um banqueiro, um mecânico de bikes e um homem do
petróleo, partiram de Rio Maior pelas seis da matina rumando ao Parque das
Nações.
Parque das Nações - 7:00 horas |
O objectivo era percorrer os
“Caminhos de Santiago”, Lisboa-Santarém.
Chegados ao local escolhido
para a partida e afinadas as Bikes com a colaboração de um colega que se
revelou exímio na arte de “encher pneus”, quando eram 7:30 demos início à
tarefa para hoje programada.
O tempo por ora estava
óptimo mas prometia aquecer.
Após alguma confusão no
início do percurso, causada por um GPS meio patalouco e graças ao qual fizemos
seguramente cerca de 10 quilómetros suplementares, lá conseguimos entrar no
trilho marcado, ali mesmo junto à Ponte do Rio Trancão.
Últimas instruções |
Daqui para a frente
entregámos a tarefa de relatar a jornada de hoje ao emigrante, que doravante
também poderá ser apelidado de escritor 2, o que é para nós também motivo de
satisfação pois como já havíamos sugerido em outras ocasiões, o Blog tem que
estar sempre actualizado e não podemos depender de um só elemento.
O escritor 1 esforçou-se no
arranque inicial e agora contará com a preciosa ajuda do escritor 2. É com
muito agrado que verifica ter escolhido bem, o rapaz tem jeito, aqui vai a sua
primeira crónica:
Este
Domingo cumpriu-se uma das etapas mais almejadas pelo Mano 1, Parque das Nações
– Aldeia mais bonita de todo o Ribatejo e arredores (Malaqueijo), seguindo os
Caminhos de Santiago.
A
partida deu-se cedinho, às 5h45 em ponto lá estavam 3 presenças, o Mano 1, o
Escritor e aquele rapaz que está emigrado ali para os lados de Leiria (que
doravante poderemos passar a chamar de Emigrante 1, visto perspetivar-se uma
presença mais assídua de um rapaz que está emigrado ali para os lados da
Capital, que será o Emigrante 2). A primeira tranche do percurso foi ate Rio
Maior, onde nos encontramos com os três restantes companheiros de jornada,
gente importante, o Homem do Petróleo, o Homem dos Seguros e um consagrado
Mecânico. (O Homem dos Seguros ingere o 1.º Gel, antes de partir – de carro –
para Lisboa).
Partimos
em direção ao Parque das Nações, preparámos as nossas inseparáveis companheiras
(foi consensual a opinião de que a quantidade de ar injetada nos pneus foi em
demasia – No dia a seguir agradecemos todos a existência do Halibute) e
partimos à aventura – O Homem dos Seguros ingere mais um Gel. O início não foi
fácil, tendo os elementos optado por um percurso de Warm Up, enquanto encontrávamos o caminho certo. Enquanto se
debatia se para trás ou para diante, o escritor ausentou-se por breves minutos
de forma a subtrair algum peso ao organismo e não diminuir o rendimento.
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GPS avariado |
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Finalmente no trilho |
A
primeira parte foi extremamente divertida, constituída por um agradável trek à beira do Trancão. A diversão nesta
parte não se ficou apenas pelo usufruto do agradável percurso mas também pelo
encontro de alguma personagens, como o Último Grande Samurai da Bobadela, que
também estava a aproveitar a manhã Dominical para manter a forma enquanto
mantinha a ordem e o respeito.
A fase
seguinte foi menos entusiástica, caracterizada por bastante alcatrão (que como
todos sabemos faz muito mal aos pulmões), tendo a monotonia sido quebrada
apenas por um inusitado “verter de águas” no meio da via pública pelo afamado
Mecânico, assim como um regurgitoso
furo (que o diga o escritor – que ficou com os óculos cheios de latex) na
bicicleta do mesmo elemento, tendo sido resolvido em escassos minutos e com
recurso à mais apurada tecnologia ao serviço da indústria velocipédica, e com uma
valente buzinadela de um veículo da CP, que contribuiu para um súbito
aceleramento cardíaco dos elementos do grupo. Chegávamos ao Carregado – O Homem
dos Seguros aproveitava para ingerir mais duas saquetas de Gel. Destacamos
algumas vistas muito interessantes para aquela hora, avistadas na longa
ciclovia de Alverca.
Passado
o Carregado voltámos a entrar em estrada não alcatroada, em longos estradões
pelo meio de belas cearas de tomate. Rolava-se bem, os elementos pareciam em
excelente forma e mais que preparados para aguentar a jornada, principalmente o
Homem dos Seguros que exibia a sua excelente condição ao dar-se ao luxo de
pedalar só com uma perna. Aqui 4 dos elementos foram “vítimas” de mais uma
brincadeira dos elementos da dianteira, que se esconderam e passaram pelos
outros a alucinante velocidade gritando bastante. São daqueles devaneios que
voltando a colocar o selim passam prontamente.
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Museu do ar/OGMA |
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Estação da CP - Alverca |
Vila Nova da Rainha - mais um gel |
Entrados
no concelho do Cartaxo, entramos na bela localidade de Valada, onde encontrámos
alguns peregrinos caminheiros e onde se começou a discutir o almoço… Sendo que
a maioria já sentia um “ratinho” no estômago. Consensualmente a opção recaiu
sobre repastar na nossa capital de distrito no restaurante do nosso bem
conhecido Micas, onde pudemos desfrutar das afamadas bifanas daquela, do sabor
de duas latas de uma bebida caramelizada de origem americana, símbolo do
capitalismo (ninguém nos paga para referir marcas mas estamos completamente
receptivos a propostas), assim como um encorajador apoio de um belo exemplar feminino
do Instituto Nacional de Emergência Médica. Aqui tivemos a primeira (e
praticamente única) subida, que dobrámos com relativa facilidade.
Restaurante "Micas" |
Preparávamos
para a última fase da jornada. Os três elementos de Malaqueijo abdicaram de uma
pomposa e apoteótica chegada à bela Aldeia de Malaqueijo, para levar os colegas
de jornada à nossa sede concelhia. O percurso escolhido foi a antiga linha do
comboio das minas de carvão, conhecida por nós, simplesmente pela Linha.
Adivinhava-se um caminho muito divertido e onde já contávamos com o Escritor no
auge da sua forma psicológica, que andava um pouco em baixo durante algumas
partes do percurso. Aqui deu-se uma mais que inesperada quebra de rendimento do
Homem dos Seguros, que já não tendo qualquer Gel para consumir fez esta última
etapa com alguma dificuldade e com o grande apoio dos demais elementos e
colegas de jornada (no BTT, a solidariedade e o companheirismo são claras
premissas).
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Rotunda A15 - Rio Maior |
Chegados
a Rio Maior, foi hora de cuidar das nossas companheiras de duas rodas, servindo-lhe
um reconfortante banho quente, antes de parar no Chocolate em Flor para
encerrar a jornada com mais uma bebida caramelizada, bem fresquinha.
Foi
uma jornada bastante agradável, com um percurso longo mas sem grandes
dificuldades. Uma experiência claramente a repetir, caminhando por outros
trilhos.
O Escritor 2.
*
Um grande agradecimento aos
nossos amigos de Rio Maior que nos acompanharam e nos ajudaram nesta jornada.
Contamos sempre com eles e também eles poderão sempre contar connosco.
Afinal de contas o BTT é
isto. Convívio, diversão e acima de tudo, amizade.
Até para a semana.
Boas pedaladas.
MalaqueijoBTT.