Caros colegas e
amigos:
Mais um Domingo, mais um fim-de-semana passado.
Como habitualmente acontece nesta maravilhosa aldeia, no primeiro dia
de cada semana e no local desde há muito por nós escolhido para a concentração,
ou seja, a Majestosa Avenida Principal de Malaqueijo, juntaram-se o Escritor1,
o Mano1 e, hoje inesperadamente, o Emigrante2, para durante mais algumas horas
matarem o vício, e o corpo, praticando a mais bela de todas as modalidades
desportivas, o BTT.
Encontrando-se dois destes elementos algo desgastados devido a uma boa
noitada e muito poucas horas de descanso, pois a idade não perdoa e “elas não matam mas moem”, o treino de
hoje prometia ser de muito sofrimento, mas nada a que não estejamos habituados,
especialmente quando o Mano1 decide escolher o percurso.
Mais uma vez nos aconteceu hoje esse enorme pesadelo, o costume.
Várias cancelas e becos sem saída, voltas para trás, bicicletas às costas,
pernas arranhadas, braços esfolados, enfim, mais uma vez nos questionámos se
fazíamos BTT ou um teste de sobrevivência.
Hoje fomos à descoberta de novos caminhos ali para os lados do Outeiro
da Cortiçada, freguesia presidida por um amigo nosso. Nosso amigo pessoal e
amigo dos praticantes de BTT em geral, sem dúvida, pois nas estradas da
referida freguesia abundam os buracos, o que é ideal para a prática desta
modalidade. Nesta parte apenas uma queixa a apresentar, o que decerto faremos
na primeira oportunidade, a imensa falta de placas de sinalização que, aliada
ao péssimo sentido de orientação do Mano1, nos causou hoje imensos problemas.
Já no regresso rumámos ao sempre
magnífico “Single Track da Calhariz”, sendo que já nas proximidades do mesmo
passámos por momentos muito angustiantes. O caso não era para menos. Tínhamos
que ultrapassar um dificílimo obstáculo, uma estreita e improvisada ponte, a
muitos metros de altura, cortando ventos ciclónicos, sobre águas muito
turbulentas e recheadas de crocodilos. Tinha por isso razão o Mano1 que,
vacilando a meio da referida ponte, tremia como varas verdes.
Registe-se que nesta fase o apoio
psicológico dos colegas foi determinante para que o referido indivíduo não
viesse parar cá abaixo, correndo o risco de morrer afogado naqueles
perigosíssimos rápidos com cerca de 20 centímetros de profundidade. Valeu ainda
a coragem e determinação de um dos colegas que se prontificou a exemplificar a
melhor forma de fazer tão perigosa travessia.
Passado o perigo e com uma enorme sensação de alívio foi um saltinho
até casa.
Mais uma vez correu tudo bem e a malta divertiu-se que é o mais
importante. Lamentámos apenas a ausência de alguns amigos, como o Técnico
(estafado da acima referida noitada), o Cantor (que talvez ande em digressão),
o Emigrante1 (…?), ou o 5º elemento (que já nem reconhecemos).
Lamentamos ainda o facto de não termos acedido ao convite dos nossos
amigos de Rio Maior, atentos os motivos acima mencionados, mas depois daquele
complicado treino noturno decidimos não o fazer pois aquela malta é jovem, anda
muito e fartar-se-ia de esperar por nós. Haverá mais oportunidades.
De qualquer forma agradecemos o facto de se lembrarem de nós.
Boa semana a todos
Boas pedaladas.
MalaqueijoBTT.
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